CUT AL > LISTAR NOTÍCIAS > DESTAQUE CENTRAL > O FIM DA SAFRA DE CANA EM ALAGOAS, TRABALHADORES SÃO DEMITIDOS.
28/07/2011
A safra da cana de açúcar cria um fenômeno sazonal de contratações e demissões no estado de Alagoas, que é o quinto maior produtor de cana-de-açucar do Brasil. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)..
No primeiro semestre de 2011, por exemplo, houve mais de 73 mil demissões em Alagoas, contra 57.644 contratações. O município de Coruripe, com pouco mais de 52 mil habitantes, foi o que mais perdeu vagas no Estado. Foi apenas 756 admissões e 8.016 desligamentos no período, o que representa a perda de 7.260 postos de trabalho com carteira assinada - cerca de 15% da população da cidade. Mas, além de Coruripe, há outras três cidades alagoanas entre as 10 que mais demitiram: São Miguel dos Campos 3.522 vagas, Rio Largo 3.238 e Campo Alegre 2.097.
Trabalho temporário
A Usina Coruripe, a maior do Nordeste em termos de produção, tem 2.900 funcionários fixos. Durante a safra, período que dura seis meses, a companhia contrata mais 3.300 profissionais em regime de trabalho temporário.
Finda a colheita, todos estes trabalhadores perdem o emprego. A Usina Coruripe tem uma taxa de retorno anual de 85%. As demissões ocorrem no início de março e as contratações acontecem em setembro – o que ajuda a explicar os dados do Ministério do Trabalho relativos ao estado de Alagoas.
Atualmente, há 23 usinas e destilarias instaladas no estado de Alagoas. Destas, 17 optaram pelo contrato safrista este ano, em vez do contrato por tempo indeterminado.
Situação mais privilegiada
Silvana Figueiredo, superintendente de Emprego e Relações do Trabalho da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Qualificação Profissional de Alagoas, diz que este comportamento sazonal é esperado, mas que, atualmente, há uma situação mais privilegiada em relação ao que ocorria anos atrás.
“A gente tem percebido que houve um declínio das demissões. Temos o setor de serviços e o turismo aquecidos e isso desencadeia a criação de empregos”. Segundo ela, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Minha Casa Minha Vida e outras obras do governo do estado e do governo federal têm absorvido parte da mão de obra oriunda da cana. “A construção civil e o turismo estão segurando estes dados.”
Conteúdo Relacionado
João Felício, presidente da CSI, Confederação Sindical Internacional, presta(...)